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Setúbal
Setúbal é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Setúbal, na região de Lisboa e sub-região da Península de Setúbal.
Setúbal já existia desde o tempo dos romanos (sendo na época uma aldeia) tendo a cidade vizinha Palmela sido conquistada por Afonso Henriques em 1147.
Setúbal já existia desde o tempo dos romanos (sendo na época uma aldeia) tendo a cidade vizinha Palmela sido conquistada por Afonso Henriques em 1147.
Turismo
Passando pela paisagem do cimo da Arrábida ou flutuando ao sabor da maré na marina de Setúbal, há sempre um convite para grandes momentos, tanto mais que a baía oferece uma multiplicidade de experiências: a cidade e a serra; o estuário do Sado e as praias atlânticas, os monumentos históricos e as delícias gastronómicas.
Centro Histórico de Setúbal
Praça de Bocage
Igreja de S. Julião
Rua Serpa Pinto
Por todo o Centro Histórico sobressaem pormenores. Os santos dos registos de fachada que habitualmente protegem as casas portuguesas, na Baixa, como no caso da Rua Dr. Paula Borba, são, com frequência, patronos contra terramotos ou incêndios, calamidades que ao longo da História assolaram por várias vezes a zona.
Largo da Misericórdia
Largo de Santa Maria
Museu barroco – Casa do Corpo Santo
Desce-se pela Rua António Joaquim Granjo, em direção à Avenida Luísa Todi.
Casa do Leão
A serra da Arrábida é uma pequena cadeia montanhosa que se estende ao longo de 35 quilómetros e cujo ponto mais alto se eleva a cerca de 500 metros acima do nível do mar. Visitar a serra, classificada como Parque Natural, significa um misto de encontro com a Natureza e ir a banhos numa das várias praias que se espalham pelo sopé virado para o Atlântico. Um passeio pela Arrábida pode começar pelo sopé, pela zona balnear. Ao longo da costa aguardam várias praias, de areia fina e quente, refrescada pelo oceano. A da Figueirinha é das maiores e das mais conhecidas, onde o parque de estacionamento facilita o acesso. Porém há pequenos refúgios, verdadeiros enclaves por entre a silhueta da serra, tais como Galápos e Galapinhos, que podem seduzir aqueles que procuram o sossego de locais mais isolados. O estacionamento ou acessos pedonais menos práticos não devem esmorecer as buscas pela paz, pois qualquer destas praias vale bem a pena o pequeno esforço.
Pelo caminho, defronte ao areal do Creiro, a curiosa Pedra da Anicha rasga a “planície oceânica”, emergindo por entre a água e oferecendo refúgio a diferentes espécies marinhas, motivo pelo qual foi classificada como Reserva Zoológica. Em terra, para os amantes de História, existe a oportunidade de visitar a estação arqueológica do Creiro, local de vestígios de um complexo industrial romano de salgas de peixe.
No caminho de acesso ao Portinho, fica a Lapa de Santa Margarida, que se atinge descendo uma longa escadaria, com início escondido em frente de um edifício da Casa do Gaiato e que serpenteia a encosta até ao nível do mar.
À entrada, uma perspetiva singular para a Pedra da Anicha, a Arrábida e Troia quase corta a respiração. No interior, onde a serra repousa o seu peso sobre as nossas cabeças e a pequena gruta fica engrandecida pelo barulho das ondas, podemos admirar estalactites e estalagmites, e os restos de um altar que a devoção popular fez erguer. Aqui foram encontrados os mais antigos vestígios da presença do Homem na serra, remontando ao Paleolítico Inferior.
Ao seguir viagem, o ideal é observar de longe o que se viveu bem de perto. Subindo a serra, pela estrada panorâmica, vai-se ao encontro de paisagens deslumbrantes. Vários miradouros naturais surgem como que do nada por entre as curvas da Arrábida e apetece encostar o carro a cada cinco minutos.
Por entre o verde da vegetação do Parque Natural abrem-se clareiras que desvendam perspetivas ímpares das praias e do mar e, num segundo, a imponência da Natureza lembra-nos como a beleza pode assumir as mais variadas formas.
A meio do trajeto surge a entrada para o Convento da Arrábida, que, desde 1542, salpica harmoniosamente de branco a encosta verdejante. Para se realizar uma visita, de resto bastante aconselhável, é preciso fazer marcação na Fundação Oriente, atual entidade proprietária.
Durante cerca de uma hora e meia conhece-se os espaços onde durante séculos habitaram frades franciscanos. No Convento, os sentidos dispersam-se pelos pormenores históricos e panorâmicas sobre a encosta com os quais os visitantes são presenteados.
O resto do passeio faz-se de volta a Setúbal, pelo topo da serra, sempre com miradouros, como o da Santa e o das Antenas, a desafiarem para mais paragens e a adiarem o regresso à cidade.
Centro Histórico de Setúbal
Praça de Bocage
Igreja de S. Julião
Rua Serpa Pinto
Por todo o Centro Histórico sobressaem pormenores. Os santos dos registos de fachada que habitualmente protegem as casas portuguesas, na Baixa, como no caso da Rua Dr. Paula Borba, são, com frequência, patronos contra terramotos ou incêndios, calamidades que ao longo da História assolaram por várias vezes a zona.
Largo da Misericórdia
Largo de Santa Maria
Museu barroco – Casa do Corpo Santo
Desce-se pela Rua António Joaquim Granjo, em direção à Avenida Luísa Todi.
Casa do Leão
A serra da Arrábida é uma pequena cadeia montanhosa que se estende ao longo de 35 quilómetros e cujo ponto mais alto se eleva a cerca de 500 metros acima do nível do mar. Visitar a serra, classificada como Parque Natural, significa um misto de encontro com a Natureza e ir a banhos numa das várias praias que se espalham pelo sopé virado para o Atlântico. Um passeio pela Arrábida pode começar pelo sopé, pela zona balnear. Ao longo da costa aguardam várias praias, de areia fina e quente, refrescada pelo oceano. A da Figueirinha é das maiores e das mais conhecidas, onde o parque de estacionamento facilita o acesso. Porém há pequenos refúgios, verdadeiros enclaves por entre a silhueta da serra, tais como Galápos e Galapinhos, que podem seduzir aqueles que procuram o sossego de locais mais isolados. O estacionamento ou acessos pedonais menos práticos não devem esmorecer as buscas pela paz, pois qualquer destas praias vale bem a pena o pequeno esforço.
Pelo caminho, defronte ao areal do Creiro, a curiosa Pedra da Anicha rasga a “planície oceânica”, emergindo por entre a água e oferecendo refúgio a diferentes espécies marinhas, motivo pelo qual foi classificada como Reserva Zoológica. Em terra, para os amantes de História, existe a oportunidade de visitar a estação arqueológica do Creiro, local de vestígios de um complexo industrial romano de salgas de peixe.
No caminho de acesso ao Portinho, fica a Lapa de Santa Margarida, que se atinge descendo uma longa escadaria, com início escondido em frente de um edifício da Casa do Gaiato e que serpenteia a encosta até ao nível do mar.
À entrada, uma perspetiva singular para a Pedra da Anicha, a Arrábida e Troia quase corta a respiração. No interior, onde a serra repousa o seu peso sobre as nossas cabeças e a pequena gruta fica engrandecida pelo barulho das ondas, podemos admirar estalactites e estalagmites, e os restos de um altar que a devoção popular fez erguer. Aqui foram encontrados os mais antigos vestígios da presença do Homem na serra, remontando ao Paleolítico Inferior.
Ao seguir viagem, o ideal é observar de longe o que se viveu bem de perto. Subindo a serra, pela estrada panorâmica, vai-se ao encontro de paisagens deslumbrantes. Vários miradouros naturais surgem como que do nada por entre as curvas da Arrábida e apetece encostar o carro a cada cinco minutos.
Por entre o verde da vegetação do Parque Natural abrem-se clareiras que desvendam perspetivas ímpares das praias e do mar e, num segundo, a imponência da Natureza lembra-nos como a beleza pode assumir as mais variadas formas.
A meio do trajeto surge a entrada para o Convento da Arrábida, que, desde 1542, salpica harmoniosamente de branco a encosta verdejante. Para se realizar uma visita, de resto bastante aconselhável, é preciso fazer marcação na Fundação Oriente, atual entidade proprietária.
Durante cerca de uma hora e meia conhece-se os espaços onde durante séculos habitaram frades franciscanos. No Convento, os sentidos dispersam-se pelos pormenores históricos e panorâmicas sobre a encosta com os quais os visitantes são presenteados.
O resto do passeio faz-se de volta a Setúbal, pelo topo da serra, sempre com miradouros, como o da Santa e o das Antenas, a desafiarem para mais paragens e a adiarem o regresso à cidade.
Gastronomia
Devido ao envolvimento histórico com o estuário do rio Sado e à proximidade dos portos de Setúbal e de Sesimbra ao oceano Atlântico, a gastronomia da região de Setúbal faz um forte aproveitamento de pratos à base de peixe e de produtos que se desenvolvem favoravelmente no clima da região. Aliás, foi a proximidade da sua fonte de peixe um importante motor económico, nomeadamente na indústria conserveira na cidade de Setúbal, mas que no entretanto definhou a partir de meados da década de 1970 até à sua total deslocalização para outros locais do país. Apesar de a maior parte da gastronomia local assentar em pratos de peixe, a migração de população das regiões do Alentejo e Algarve trouxe alterações à gastronomia com a introdução de novos pratos de carnes e aves, e de açordas que se adaptaram a mariscos e peixes. Fazem ainda parte do repertório gastronómico da cidade bebidas espirituosas (vinho moscatel e licores), queijos, frutos e doçaria tradicional típica da região.
A cidade de Setúbal é reconhecida pela gastronomia baseada em pratos de peixe assado, cozido ou grelhado. É muito comum encontrar restaurantes da região que servem sardinhas assadas, normalmente servidas com acompanhamento de batata cozida e salada de alface temperada com azeite e vinagre. Também é possível encontrar pratos de peixe grelhado ou cozido, como por exemplo salmonete grelhado temperado com molho feito do fígado do peixe. Grande parte dos restaurantes desta zona têm como especialidade da casa Choco frito, que é choco, envolto em pão ralado e ovo que é depois frito e servido acompanhado com batatas fritas e salada sendo um dos pratos mais procurados pelos visitantes da cidade sadina.
Outros pratos à base de produtos do mar incluem: feijoadas e saladas à base de choco e polvo; pratos à base de marisco do rio Sado (santola, sapateira, navalheira); pratos à base de moluscos (amêijoas "à Bulhão Pato", ostras, lamejinhas, berbigão, navalhas, vieiras, caracóis do mar); caldeiradas de peixe ou de marisco, feitas agora com maior frequência em cataplanas (uma herança da cultura árabe); e também massas de cherne ou outros peixes.
A produção vinícola da região de Setúbal deu origem a produtos reconhecidos internacionalmente, com uma variedade de vinhos tintos e brancos de qualidade, obtidos a partir de uvas maturadas nas encostas da Serra da Arrábida. Entre estes produtos deve destacar-se o Moscatel de Setúbal, um renomeado vinho licoroso de origem demarcada centrada em Azeitão. O licor Arrabidine, menos conhecido do público, era originalmente produzido pelos frades que habitavam o Convento de Nossa Senhora da Arrábida, mas mais recentemente é produzido por uma família da freguesia da Quinta do Anjo. Na produção deste licor, cuja confecção, iniciada no século XIX, está envolta em secretismo, sabe-se que são usados frutos silvestres colhidos durante o mês de Dezembro na Serra da Arrábida bem como outros ingredientes únicos da região. O licor Arrabidine é engarrafado e necessita de estagiar cerca de 15 anos antes de ser consumido.
Do repertório da doçaria tradicional da região de Setúbal fazem parte as queijadas, as tortas, e os "esses de Azeitão" — biscoitos com a forma da letra "S", feitos com farinha, açúcar, margarina, ovos e canela. De Setúbal destacam-se também os barquilhos de "casca" de laranja, confeccionados a partir de laranjas produzidas na região. Por fim, salienta-se a produção de queijos como uma das significativas actividades artesanais e económicas desta região da Costa Azul.
A cidade de Setúbal é reconhecida pela gastronomia baseada em pratos de peixe assado, cozido ou grelhado. É muito comum encontrar restaurantes da região que servem sardinhas assadas, normalmente servidas com acompanhamento de batata cozida e salada de alface temperada com azeite e vinagre. Também é possível encontrar pratos de peixe grelhado ou cozido, como por exemplo salmonete grelhado temperado com molho feito do fígado do peixe. Grande parte dos restaurantes desta zona têm como especialidade da casa Choco frito, que é choco, envolto em pão ralado e ovo que é depois frito e servido acompanhado com batatas fritas e salada sendo um dos pratos mais procurados pelos visitantes da cidade sadina.
Outros pratos à base de produtos do mar incluem: feijoadas e saladas à base de choco e polvo; pratos à base de marisco do rio Sado (santola, sapateira, navalheira); pratos à base de moluscos (amêijoas "à Bulhão Pato", ostras, lamejinhas, berbigão, navalhas, vieiras, caracóis do mar); caldeiradas de peixe ou de marisco, feitas agora com maior frequência em cataplanas (uma herança da cultura árabe); e também massas de cherne ou outros peixes.
A produção vinícola da região de Setúbal deu origem a produtos reconhecidos internacionalmente, com uma variedade de vinhos tintos e brancos de qualidade, obtidos a partir de uvas maturadas nas encostas da Serra da Arrábida. Entre estes produtos deve destacar-se o Moscatel de Setúbal, um renomeado vinho licoroso de origem demarcada centrada em Azeitão. O licor Arrabidine, menos conhecido do público, era originalmente produzido pelos frades que habitavam o Convento de Nossa Senhora da Arrábida, mas mais recentemente é produzido por uma família da freguesia da Quinta do Anjo. Na produção deste licor, cuja confecção, iniciada no século XIX, está envolta em secretismo, sabe-se que são usados frutos silvestres colhidos durante o mês de Dezembro na Serra da Arrábida bem como outros ingredientes únicos da região. O licor Arrabidine é engarrafado e necessita de estagiar cerca de 15 anos antes de ser consumido.
Do repertório da doçaria tradicional da região de Setúbal fazem parte as queijadas, as tortas, e os "esses de Azeitão" — biscoitos com a forma da letra "S", feitos com farinha, açúcar, margarina, ovos e canela. De Setúbal destacam-se também os barquilhos de "casca" de laranja, confeccionados a partir de laranjas produzidas na região. Por fim, salienta-se a produção de queijos como uma das significativas actividades artesanais e económicas desta região da Costa Azul.
Clima
Setúbal é uma cidade fechada a norte e a poente pelos montes de Palmela e dos Gaiteiros e pela encosta de S. Filipe, que se prolonga pela Arrábida; contudo, a sul e a nascente é aberta, plana, dum lado com a embocadura do Sado, do outro por planícies e sapais. A própria cidade foi construída sobre sapais e cresceu em parte sobre a várzea. Essa implantação geográfica confere-lhe um clima muito peculiar, onde as temperaturas oscilam significativamente.
Setúbal tanto pode ser a cidade com as temperaturas máximas mais elevadas, como com as temperaturas mínimas mais baixas, sobretudo no verão. Aliás, é frequente Setúbal ser a cidade do litoral com as mínimas mais baixas, seja no verão, seja no inverno.
De um modo geral, as suas temperaturas são agradáveis durante o dia e incomodativas durante a noite, sobretudo se estas forem de nortadas, o que acontece com frequência nos meses de julho e agosto. Estas caraterísticas fazem com que seja comum, num mesmo dia, a sua máxima ser idêntica à de Évora e a mínima idêntica à de Braga.
A humidade também rapidamente varia entre o muito seco e o muito húmido, levando o frio a entranhar-se nos ossos, sobretudo quando seco, e o calor a alojar-se na pele, sobretudo quando húmido. Mas, como em qualquer terra, os seus habitantes adaptam-se às caraterísticas que esta lhe oferece, que de um modo geral não são boas nem más nem antes pelo contrário, como por graça se costuma dizer. São o que são.
Setúbal tanto pode ser a cidade com as temperaturas máximas mais elevadas, como com as temperaturas mínimas mais baixas, sobretudo no verão. Aliás, é frequente Setúbal ser a cidade do litoral com as mínimas mais baixas, seja no verão, seja no inverno.
De um modo geral, as suas temperaturas são agradáveis durante o dia e incomodativas durante a noite, sobretudo se estas forem de nortadas, o que acontece com frequência nos meses de julho e agosto. Estas caraterísticas fazem com que seja comum, num mesmo dia, a sua máxima ser idêntica à de Évora e a mínima idêntica à de Braga.
A humidade também rapidamente varia entre o muito seco e o muito húmido, levando o frio a entranhar-se nos ossos, sobretudo quando seco, e o calor a alojar-se na pele, sobretudo quando húmido. Mas, como em qualquer terra, os seus habitantes adaptam-se às caraterísticas que esta lhe oferece, que de um modo geral não são boas nem más nem antes pelo contrário, como por graça se costuma dizer. São o que são.
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